Qual é a melhor carreira pra mim? Essa pergunta não sai da cabeça da maioria dos jovens que acessam o site. E para te ajudar a clarear um pouco as suas ideias, entrevistamos o pedagogo Silvio Bock. A Orientação Profissional é um serviço cada vez mais buscado no Nace – Orientação Vocacional, instituto que presta serviços na área de Orientação Vocacional.
Selecionamos as 9 perguntas que mais recebemos dos estudantes e todas elas foram respondidas especialmente te ajudar. Vamos lá!
1- Alguns jovens se sentem completamente perdidos em relação a qual carreira seguir. Qual é o primeiro passo?
O primeiro passo é aceitar que a profissão não vai surgir de repente, como um passe de mágica ou um estalo repentino. Escolher dá trabalho e nem sempre é um processo agradável.
Para que haja escolha é necessário que exista dúvida. Insegurança, incerteza, dúvida, conflito, portanto é o ponto inicial de uma escolha. Para quem está completamente perdido é necessário “buscar” ou construir uma dúvida. Como fazer isto? Dando uma olhada (pesquisada) superficial em todas as possibilidades. Para separar o que atrai e o que não de forma bem geral. Daí vai começar um processo de busca de informações mais aprofundadas.
Outro passo importante é começar um processo de reflexão sobre si (também chamado de autoconhecimento). Resgate, talvez fazendo uma redação, sua história de vida, analisando o que já fez e deixou de fazer, o que gostou e não gostou de estudar, seus comportamentos e atitudes, seus valores.
2- Os pais exercem uma grande influência na escolha da profissão dos filhos. Até que ponto essa influência é saudável?
De uma forma ou de outra, os pais sempre participam das escolhas de seus filhos, mesmo quando não opinam diretamente. Há jovens inclusive que se queixam de não receberem qualquer orientação de seus pais, pessoas em quem confiam e que sabem que procuram sempre ajudar. Outros se queixam que os pais têm expectativas muito altas sobre si e há outros ainda que conversam sobre esse e outros assuntos com eles.
Se a pessoa escolher um caminho só porque os pais indicaram ou impuseram, ou porque um teste “deu”, ou o professou falou, certamente está tomando uma decisão temerária. Agora, se a partir da indicação a pessoa refletir, buscar informações, refletir sobre si e tornar uma “verdade sua”, a mesma profissão pode ser uma ótima escolha.
3- Dinheiro, vocação ou concorrência? Qual deve ter o maior peso na escolha da carreira?
Não existe gabarito para a resposta desta pergunta. Há quem diga que o mercado de trabalho (que determina a partir da oferta e procura o valor da remuneração) deve ser o aspecto priorizado na decisão, uma vez que é isto que vai garantir financeiramente a vida da pessoa e sua família. “Gostar de algo não enche a barriga de ninguém!”
Outras dizem que o que deve ser mais considerado é o gostar da profissão. Porque isso vai propiciar um envolvimento maior, uma dedicação maior, um aprofundamento maior, o que vai gerar uma pessoa mais competente que por isso vai superar as dificuldades de mercado que porventura existam. “Quem é bom chega lá!”
É importante perceber, no entanto, que o mercado muda no tempo no primeiro caso e e que, no segundo, deve se ter claro que gostar não garante necessariamente o que vai superar dificuldade de mercado (há casos em que isto acontece e há casos que não.)
4- Em quais situações vale a pena fazer um curso técnico ao invés de um curso superior?
O curso técnico é uma formação educacional de nível médio de ensino. É muito interessante para quem quer entrar logo no mercado de trabalho. No entanto, há uma limitação: num país como o nosso com extrema desigualdade de renda as funções de progresso profissional de um técnico são muito menores quando comparados com um profissional com formação universitária. Em países desenvolvidos o salário que um técnico percebe não é tão diferente do que o que um profissional universitário recebe. Talvez um dia chegaremos lá.
5- Vale a pena fazer cursos superiores à distância? O mercado tem aceitado bem essa modalidade?
O mercado de trabalho começa a se acostumar com este tipo de formação. Entretanto, eu ainda diria que a formação presencial ainda tem seus trunfos. Mas para que não pode ou não tem a possibilidade de fazer um curso presencial é uma ótima alternativa.
6- Quem sonha em empreender deve fazer um curso superior como plano B?
Hoje se fala muito em empreendedorismo. O SEBRAE diz que “emprendedorismo” é uma característica que todos devem ter mesmo para quem está com a carteira de trabalho assinada. Seria uma atitude que o funcionário deve ter e que deveria sempre pensar como se fosse o dono do negócio.
A grande questão que deve ser discutida é “empreender” o que. A mídia só divulga os casos que deram certo. Entretanto, para cada negócio que deu certo existe uma quantidade razoável de negócios que não deram.
As pessoas podem empreender na sua área de formação específica ou em algo relacionado a sua experiência profissional. Um curso superior, vai ampliar horizontes que podem auxiliar nos negócios.
7- Orientação profissional. Qual é a importância e qual é a melhor hora para procurar esse serviço?
Defendo que todas as pessoas deveriam ter o direito de passar por processos de orientação profissional, porém não de forma obrigatória.
Orientação Profissional, para mim, é um processo que auxilia na reflexão a respeito da história da pessoa, aprofunda informações, discute a realidade social, política e econômico que darão os contornos da escolha e do exercício profissional, Isto permitirá a construção de projetos de vida (a escolha profissional está contemplada neste projeto).
8- Como funciona a orientação profissional à distância?
O processo que o nace oferece se utiliza do skype e os recursos que este programa oferece para desenvolver os atendimentos. Igual ao atendimento presencial, o processo é desenvolvido por meio de atividades que desencadeiam as reflexões. Com pequenas adaptações estas atividades podem ser desenvolvidas pela internet.
9- Profissões que têm boa aceitação no mercado hoje, podem estar saturadas amanhã. Qual é a dica de ouro para quem está entrando no mercado de trabalho?
Não existe dica de ouro. Caso existisse, todo mundo iria querer fazer aquela profissão. Assim, rapidamente, deixaria de ser de ouro. O importante é batalhar pela escolha profissional mais fundamentada possível (essa é minha dica de ouro!)
Para entrar em contato com o pedagogo Silvio Bock e saber mais sobre o Nace acesse: www.nace.com.br