Jornalismo: qual a profissão seguir para ser repórter? Confira!

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Saiba mais sobre a profissão, e confira dicas de quem já está no mercado de trabalho!

 

Quer entender  tudo sobre a profissão de um jornalista repórter? Confira o que o Stoodi carreiras preparou para você!

Repórter: uma das áreas de atuação do Jornalismo.

O profissional: O repórter é, antes de tudo, um jornalista. Seja para qual meio de comunicação ele trabalhe, sua principal função é transmitir – de forma clara, verdadeira e objetiva – os acontecimentos de interesse público à sociedade, por meio de reportagens escritas, visuais ou em áudio.Qual curso deve seguir? Comunicação Social ? Jornalismo (4 anos)

Principais áreas de atuação: Impresso (Jornais, Revistas), Online (Sites e Portais), Televisão, Rádio e Empresas Privadas.

Piso Salarial: Varia de acordo com o Estado. Clique aqui para conferir.


Foto: Reprodução.

Jornalismo na prática: Entenda como é o dia a dia de um repórter

Você já deve ter visto um repórter na televisão ou nas ruas de sua cidade. Mas, você conhece como é o cotidiano desses profissionais? Para entender mais sobre a profissão, conversamos com o jornalista Pablo Nogueira. O profissional já trabalhou para empresas como TV Globo, TV Alterosa e Núcleo de Rádio e TV do Governo do Estado de Minas Gerais, e, atualmente, integra a equipe de reportagem da TV UFMG.

Para você, o que é o melhor de ser repórter?

Pablo Nogueira: A melhor parte de ser repórter é também a de maior responsabilidade: levar o público a conhecer inúmeras e diferentes coisas, sob todos os ângulos possíveis, com maior pluralidade possível. Sem falar que contamos muito dos fatos que estarão nos livros de História no futuro. Isso é apaixonante!

E o que você menos gosta na profissão?

PN: À medida que as notícias quase sempre são relacionadas a acontecimentos tristes, essa também é a pior parte. A jornada de trabalho é um pouco desgastante também, porque embora a jornada de trabalho seja de cinco horas, acabamos fazendo muitas horas extras, já que a notícia não tem hora pra acontecer e um fato não pode ser abandonado. Muitas vezes, para reportar o desdobramento de um acontecimento e a volta à Redação do jornal, acabamos excedendo a carga horária.

Quando você era estudante, sua percepção da profissão era diferente? Por quê?

PN: Não muito, porque procurei me informar sobre ela, assim como os leitores desse site sempre fazem, não é? Se informar sobre a carreira que pretendemos seguir é imprescindível. Assim, nos preparamos melhor e nos prevenimos de surpresas desagradáveis. Eu, por exemplo, não posso reclamar de nada. Sabia das dificuldades que enfrentaria: o horário de trabalho; o salário relativamente baixo, que parte da categoria reclama; as pressões para o fechamento de uma matéria; e o esforço em se manter ético e sério diante das adversidades.

Como você avalia o mercado de trabalho atualmente?

PN: A briga é acirrada. Nos últimos anos, com a abertura de mais vagas nos cursos de jornalismo, um grande número de profissionais é despejado todo semestre no mercado. Muitos de competência duvidosa, porque nem todos os cursos são bons. Mas a internet tem ampliado as possibilidades de se encontrar emprego. Cada vez mais, agências contratam jornalistas para analistas de redes sociais. Agora, a verdade é que pra um bom jornalista dificilmente faltará emprego em um grande centro. O complicado é avaliar que tipo de emprego, já que algumas empresas pagam pouco, e não oferecem boa estrutura. Mas se o estudante está certo da decisão e se procura se preparar, tem boas chances de encontrar um ótimo emprego.

Como fazer para se destacar no jornalismo?

PN: O curso de jornalismo, embora seja importante, não garante um bom emprego, nem a permanência nele. Os estágios durante o curso são essenciais porque em jornalismo a prática é bem diferente da teoria. É a hora de errar, e aprender a minimizar os erros, que devem ser o mínimo possível quando o estudante, já formado, for exercer a profissão. No jornalismo, os erros podem custar um emprego, porque podem destruir a reputação de alguém, afinal, estamos lidando com vidas humanas. O jornalista que erra menos se destaca. Além disso, é imprescindível investir em língua portuguesa, muita leitura de História e jornais. Afinal, a busca do jornalista é pela notícia. E a notícia traz com ela todo um contexto histórico e implicações futuras. Um jornalista que não gosta e não lê jornais, deveria se questionar melhor se é isso que quer pra vida a vida: trabalhar em jornal.

Quais os desafios da profissão de um repórter?

PN: O principal desafio é conservar no exercício da profissão valores como credibilidade, verdade, ética, pluralidade e isenção, mesmo com tanta pressão pelo fechamento de uma matéria, por exemplo.São desafios diários.

Quais são os perigos de ser repórter?

PN: Corremos perigo no jornalismo quando nos expomos às batalhas que não são do jornalismo, quando queremos bancar a polícia, investigando o que não é da nossa alçada ou nos colocando em áreas de conflito, tentando registrar brigas e confrontos sem tomar o devido cuidado, sem observar o uso de coletes ou distância adequados, em nome de um furo. A vida vale mais que um furo. Quando erramos e não assumimos o erro e não tentamos reaver os prejuízos que esse erro pode causar, corremos o perigo de perder a credibilidade. Talvez o maior perigo seja esse, se tornar um jornalista sem credibilidade. Somos entregues a esse desafio todos os dias.

Alguma dica ou conselho para o estudante que quer seguir essa carreira?

PN: Vários! Se você está em dúvida sobre ser ou não jornalistacomece se perguntando se gosta de ouvir as pessoas. Um jornalista que gosta mais de falar do que de ouvir tende a ser medíocre e pode descobrir tarde demais que está na profissão errada. O mais importante é se interessar pelo outro, com todas as suas diferenças. Depois, procure ler, e ler de tudo: ficção, biografias, jornais, revistas, sites. Se atualizar é importante. Procure se aprofundar no conhecimento de História e Língua Portuguesa. E se for possível, faça um curso de idiomas, o quanto antes. Na faculdade, aproveite os quatro anos o máximo possível, inclusive os laboratórios que ela oferece. Aproveite o período para criar contatos. Seguindo isso tudo a risca, acho difícil não obter sucesso.

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