Que tipo de profissional você quer ser?

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Há classificações para quase tudo. Generalizações que procuram reduzir o mundo em grupos, conjuntos ou perfis. Didaticamente, quando usado para estudos é muito útil. Porém, em outros casos são muito tendenciosos. Há uma forte propensão em cair na rotulação e no preconceito, sem muitas vezes percebermos que ninguém é apenas isto ou aquilo.

Temos um pouquinho de cada coisa. Mas, normalmente, temos um número de características mais concentrado em determinado grupo ou classificação. Digo isto porque recentemente, em um curso que participei, encontrei uma dessas classificações que irei trabalhar neste artigo. O objetivo é levantar uma reflexão e não rotular pessoas.

Em uma das citações foi dito que o mundo está dividido em três classes:

os que fazem as coisas acontecerem;

os que observam as coisas acontecerem;

os que não sabem o que está acontecendo.

Minha pergunta é: em qual delas você está?

Ninguém vai é 100% só uma classe. Assim como ninguém vai estar igualmente dividido entre as três. Dependendo da situação podemos ter um comportamento diferente. Mas, podemos identificar nossa tendência. O que desejo é levá-lo a refletir sobre qual tipo de comportamento tem sido o seu quanto à sua formação e seu futuro. Você tem sido diretor, espectador ou fantoche?

A grande maioria das faculdades não têm foco em desenvolvimento de competências, formam indivíduos teóricos. A tendência de desenvolvimento de competências tem sido bastante debatida na educação brasileira. Ainda assim, do campo das discussões à prática pouco se tem visto. Então o que fazer? Você pode assumir a responsabilidade em fazer (diretor), esperar para ver no que vai dar (espectador) ou mesmo dizer que não entendeu o que este texto está dizendo (fantoche). Qual a sua escolha?

Se você se decidiu em assumir esta responsabilidade vamos descobrir como trabalhar com competências em sua formação. Sua primeira tarefa será definir quais são as competências essenciais à sua profissão. Antes será necessário definirmos competências no contexto profissional ao qual estamos tratando.

Assim como no artigo “Competências: Uma Bússola para sua Carreira” usarei a definição de Ênio Resende que escreve: “competência é a aplicação de um ou mais dos requisitos de conhecimentos, experiências, aptidões, habilidades, motivos, interesses, etc., com obtenção de resultados práticos”

A formação superior tem oferecido apenas uma parcela do que vem a ser competência. Trata-se do conhecimento, ou seja, a teoria de como as coisas acontecem. As habilidades (prática, know-how) são muito negligenciadas. A questão das atitudes (comportamentos) então nem se diga. Como você não vai ficar esperando alguém fazer isto por você aprenda a “fazer CHA”. Isto mesmo, C-H-A: Conhecimento, Habilidade e Atitude. São o saber, o saber fazer e o querer fazer respectivamente.

É muito pouco provável que você encontre esta descrição em livros. Outro ponto importante é que há dois grupos de competências: as essenciais – que estamos trabalhando aqui – e outro grupo que varia de instituição para instituição, ou seja, estão ligadas aos valores de certas empresas e organizações.

Para descobrir o que é importante é preciso muita pesquisa e principalmente conversa (ou se preferir entrevista) com profissionais de sua área e da área de RH. Pergunte a si mesmo e aos outros: Na minha profissão que conhecimentos são fundamentais? Quais são diferenciais? Algum deles não são oferecidos na faculdade? Como adquirí-los? Quanto à prática quais são as mais relevantes para me inserir no mercado de trabalho logo que formado? Quais os caminhos que pessoas de sucesso fizeram para desenvolver estas habilidades? E, principalmente, quais as atitudes que me levarão a lograr êxito nesta carreira?

Muitos são os caminhos para desenvolver suas competências. Cursos, palestras, estágios são os mais comuns. Porém competências podem ser desenvolvidas por meio de vários outros meios. Um esporte específico pode ajudá-lo a melhorar seu espírito de equipe.

Um curso aparentemente sem nenhuma ligação com sua profissão pode servir para o aprimoramento de certas atitudes. Não acredite que isto só deva ser feito no final da faculdade ou depois de formado. Quanto mais cedo, maiores suas chances de fazer acontecer. Tenha metas e objetivos definidos para não ser apenas mais um “canudo” no mercado.

É muito provável que o grupo ao qual você se identificou no início deste artigo vai refletir sobre o tipo de profissional que você irá ser. Contudo, o mais importante é saber que esta classificação não é definitiva e imutável. É possível trocar de grupo e isto só depende de você. Seja o diretor de sua vida, profissão e futuro.

Não espere. Faça acontecer!

 

 

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