Resumo sobre Soluções, Propriedades Coligativas, Eletroquímica, Termoquímica, Cinética Química e Radioatividade.
I – SOLUÇÕES
- Menor quantidade: Soluto
- Maior quantidade: Solvente
Ex.: Solução Gasosa: Ar atmosférico(N2 + O2)
Solução Líquida: Água Salgada
Solução Sólida: Ouro 18 quilates
Obs.: Dissolução Endotérmica: O aumento da temperatura favorece a dissolução do soluto no solvente.
Dissolução Exotérmica: O aumento da temperatura diminui a dissolução do soluto no solvente.
a) Solução Insaturada: A quantidade de soluto dissolvido é inferior ao coeficiente de solubilidade numa determinada temperatura.
b) Solução Saturada: A quantidade de soluto dissolvido é igual ao coeficiente de solubilidade numa determinada temperatura.
c) Solução Supersaturada: A quantidade de soluto dissolvido é superior ao coeficiente de solubilidade numa determinada temperatura. É INSTÁVEL.
1) Expressões Físicas de CONCENTRAÇÕES:
a) COMUM ou g/l: C =
b) MOLAR ou mol/l:
c) Relação entre concentração g/L e mol/L
C = M . MM1
d) Título(%): =
Obs.: Relações entre C, , d e M
C = d . . 1000
M . MM1 = d . . 1000
e) Fração Molar(X):
2) Diluição: Adicionar SOLVENTE à solução.
- Não altera o soluto.
- Concentração diminui.
C1 . V1 = C2 . V2
M1 . V1 = M2 . V2
V2 = V1 + V(H2O)
3) Mistura:
a) Sem reações químicas de mesmo soluto: A concentração obtida terá valor intermediário à das soluções misturadas.
M1V1 + M2V2 = M3V3 , onde: V3 = V1 + V2
b) Sem reações químicas com solutos diferentes: A concentração de cada soluto na mistura é calculada como se cada solução em particular tivesse sofrido uma diluição.
c) Com reação química: Para misturar soluções em que ocorre reação, é fundamental saber equacionar a reação e balancear. calcula-se o n° de mols da substância e analisa as proporções dos componentes.
Obs.: TITULAÇÃO: É a determinação de uma concentração desconhecida através de outra que se conhece a concentração.
As vidrarias utilizadas em uma titulação são:
- Bureta: coloca-se a solução padrão ou titulada.
– Erlenmeyer: coloca-se a solução problema.
II – PROPRIEDADES COLIGATIVAS
- Menor quantidade: Disperso.
- Maior quantidade: Dispersante ou Dispergente.
- Sedimentação: Ultracentrífuga.
- Separação: Ultrafiltro.
- Observação: Ultramicroscópio.
* Pressão de Vapor(Pv): Quanto mais volátil o líquido, maior Pv.
1) Tonoscopia ou Tonometria: Abaixamento da pressão máxima de vapor. Quanto mais partículas dissolvidas, maior o abaixamento da Pv.
DP = Kt . W DP = P0 – P2
Po
Onde: P0 – Líquido puro.
P2 – Solução.
Kt – constante tonométrica.
2) Crioscopia ou Criometria: abaixamento da temperatura de congelação de um solvente ocasionado pela dissolução de um soluto não volátil. Quanto mais partículas dissolvidas, maior o abaixamento da temperatura de congelação.
DTc = Kc . W DTc = T0 – T2
Onde: T0 – Líquido puro.
T2 – Solução.
Kc – constante criométrica.
3) Ebulioscopia ou Ebuliometria: É a elevação da temperatura de ebulição, de um solvente ocasionado pela dissolução de um soluto não volátil. Quanto mais partículas dissolvidas, maior a elevação da temperatura de ebulição.
DTe = Ke . W DTe = T2 – T0
Onde: T0 – Líquido puro.
T2 – Solução.
Ke – constante ebuliométrica.
4) Osmoscopia ou Osmometria: é o estudo da pressão osmótica (p). Pressão osmótica é a pressão recebida pela solução para impedir que a osmose ocorra.
Solvente ![]() |
p . V = n . R . T
III – TERMOQUÍMICA
ATENÇÃO! Não confunda CALOR com TEMPERATURA. |
2) Classificação:
- Endotérmico
- Exotérmico
a) Reações Exotérmicas:
- liberam calor.
- Entalpia dos Reagentes maior do que entalpia dos Produtos.
- DH < 0
b) Reações Endotérmicas:
- absorvem calor.
- Entalpia dos Reagentes menor do que entalpia dos Produtos.
- DH > 0
3) Gráficos:
a) Endotérmicas( + ):
b) Exotérmicas( – ):
4) Entalpia(H): É o conteúdo global de energia(calor).
- Variação de Entalpia(DH): Hp – Hr Onde: Hp – entalpia dos produtos Hr – entalpia dos reagentes
5) Unidades:
- Calorias
- Joules
- B.T.U
1 calorias(cal) = 4,18 Joules(J) |
6) Princípio de Thompsen e Berthelot:
“Dentre um conjunto de reações químicas possíveis, ocorrerá primeiro, espontaneamente, aquela que for mais exotérmica.
OBSERVAÇÃO
* A variação de entalpia (DH) é medido nas condições padrões:
- Pressão: 1atm = 760mmHg
- Temperatura: 25ºC
* Toda substância simples, no estado padrão tem sua entalpia(H) igual a zero.
* A substância em sua forma alotrópica mais estável tem sua entalpia(H) igual a zero.
Reação de Combustão(queima)
Ocorre com a presença do combustível reagindo com o gás oxigênio(comburente). Toda reação de combustão libera(perde) calor, ou seja, é classificada como exotérmica (DH < 0).
X + O2 Þ XO2 |
Estados Físicos | ||
Sólido « | Líquido | « Gasoso |
![]() | 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 | 0 0 0 0 0 |
endotérmico |
LEI DE HESS
É dado quando acontece em várias reações(etapas).
DH = DH1 + DH2 + DH3 …+ DH n
ENERGIA DE LIGAÇÃO
É a variação de entalpia verificada na quebra de 1mol (6×1023) de uma determinada ligação química, supondo-se todas as substâncias no estado gasoso, a 25°C e 1atm.
DH = DH (reagentes) + DH (produtos) ( + ) ( – ) |
IV – CINÉTICA QUÍMICA (velocidade das reações)
1) Condições para que a reação ocorra:
* Choques(colisões) favoráveis.
* Energia de ativação mínima.
3) Fatores que Influenciam a Velocidade.
a) Natureza dos Reagentes: Quanto maior for o número de ligações a serem rompidas nos reagentes e quanto mais fortes elas forem, mais lenta será a reação e vice-versa.
b) Superfície de Contato: Quanto maior a área exposta de um reagente aos demais, mais cortado, picado, triturado, maior a velocidade da reação.
c) Temperatura: Aumento de temperatura, aumenta o número de choques (colisões), portanto, maior será a velocidade das reações.
d) Concentração dos Reagentes: Quanto maior o número de partículas de reagentes por unidade de volume, maior a chance de haver colisão efetiva, e com isso maior a velocidade da reação.
e) Pressão: É considerável apenas quando as substâncias reagentes estão na fase gasosa, pois aumenta o contato entre os reagentes, maior a velocidade da reação.
f) Luz e Eletricidade Quanto maior o fornecimento de luz e eletricidade, maior a velocidade das reações que são ativadas por esses fatores.
4) Substâncias que influenciam na velocidade:
a) Catalisador:
- Fornece um caminho mais fácil.
- Não se desgasta.
- Aumenta a velocidade da reação.
- É auxiliado pelo promotor(ativador).
b) Inibidor:
- Fornece um caminho mais difícil.
- Recuperado no final.
5) Catálise:
a) Catálise Homogênea: O reagente e o catalisador estão em uma única FASE(monofásica).
Ex.: 2SO2(g) + O2(g) 2SO3(g)
b) Catálise Heterogênea: O reagente e o catalisador estão em fases diferentes.
Ex.: 2SO2(g) + O2 2SO3(g)
c) Autocatálise: Um dos produtos atua como catalisador da reação, que no início é lenta e vai se tornando progressivamente mais rápida à medida que esse produto vai sendo formado.
6) Energia de Ativação (Eat): É a energia necessária para que os reagentes atinjam o complexo ativado(Aconteça a reação).
Complexo ativado é uma estrutura instável e intermediária entre os reagentes e produtos de uma reação.
IMPORTANTE!
Quanto menor a energia de ativação, maior a velocidade da reação.
7) Lei das Ação das Massas – Lei de Guldberg – Waage: A velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das concentrações em mol/L dos reagentes, elevados a seus expoentes determinados experimentalmente.
Dado: aA + bB Þ cC + dD
V = K [A]a . [B]b
a) Ordem da reação: a + b
b) Molecularidade: É o número mínimo de partículas reagentes que precisam colidir em cada etapa da reação.
8) Velocidade Média(Vm): É a relação entre o número de mols participante pela unidade de tempo.
Vm = Dn
Dt
Unidade: mol / min
V – EQUILÍBRIO QUÍMICO
É característico de reações reversíveis, ou seja, ocorre quando as velocidades das reações diretas e inversas são iguais.
Obs.: O equilíbrio é dinâmico, ou seja ocorre sem interrupções. É dependente da temperatura. Se houver variação na temperatura, as propriedades macroscópicas sofrerão variações e um novo equilíbrio será estabelecido. |
2) Constante de Equilíbrio (Kc Kp)
IMPORTANTE O valor das constantes de equilíbrio depende apenas da temperatura. |
Dado: aA + bB Þ cC + dD Kc = [C]c . [D]d
[A]a . [B]b
Obs.: Só fazem parte da expressão de Kc as substâncias na fase líquida e gasosa. Obs.: Na expressão de Kp entram apenas as substâncias na fase gasosa. |
3) Relação entre Kc e Kp
Kp = Kc . (RT)Dn , onde:
R = constante universal dos gases.
T = Temperatura em Kelvin.
Dn = Variação do n° de mols entre produtos e reagentes na fase gasosa.
EQUILÍBRIO IÔNICO
1) Grau de Ionização ou Dissociação(a):
a = número de mols dissociados número de mols dissolvidos
2) Lei da Diluição de Ostwald
Ki = a2 . M
(1 – a)
Obs.: Para ácidos e bases fracas, o valor de a é muito pequeno e a diferença (1 – a) é aproximadamente 1, então, a expressão fica: Ki = a2 . M |
3) Equilíbrio Iônico na Água:
Para 25ºC , Kw = 10-14 mol/l
H2O Þ H+ + OH-
Kw = [H+] . [OH–]
a) pH – Potencial Hidrogeniônico
pH = – log [H+]
b) pOH – Potencial Hidroxiliônico
pOH = [OH-]
Equações(25º) pH + pOH = 14 |
c) Escala de pH: (25ºC)
pH |_______________|__________________|
0 ácida 7 básica 14
neutra
4) Hidrólise de Sais: (Hidro = ÁGUA) (Lise = Quebra).É a reação entre um dos íons formados com a água.
É uma reação inversa da neutralização.
Ácido | Base | Caráter da Solução | Constante de Hidrólise(Kh) |
Forte | Fraca | ácida | Kh = Kw / Kb |
Fraco | Forte | básica | Kh = Kw / Ka |
Fraca | Fraca | neutra | Kh = Kw / Ka .Kb |
Forte | Forte | neutra | Não há hidrólise |
5) Solução Tampão: É uma solução que praticamente não sofre variação de pH ou pOH, pela adição de quantidades controladas de ácidos ou bases fortes.
VI – RADIOATIVIDADE
É a emissão espontânea de partículas e/ou radiações pelo núcleo de um átomo instável com o propósito de adquirir a estabilidade. A emissão de partículas transforma o elemento químico, pois modifica seu número atômico.
1) Principais emissões:
- Partícula alfa ( a )
- Partícula beta ( b )
- Partícula gama (g)
Obs.: Alguns termos importantes:
O número de massa é o número total de núcleons em um núcleo.
|
Radionuclídeos – São aqueles que emitem radiação espontaneamente.
2) Características:
a) ALFA: Semelhante ao hélio
- Massa: pesado
- Poder de Penetração: Baixo
- Poder de ionização: alto
b) BETA: Semelhante ao elétron
- Massa: leve
- Poder de Penetração: médio
- Poder de ionização: baixo
c) GAMA: Semelhante ao Raio X
- Massa: leve
- Velocidade: LUZ
- Poder de Penetração: alto
- Poder de ionização: baixo
6) Leis da Radioatividade:
a) 1ª Lei de SODDY: “Quando um radionuclídeo emite uma partícula a, seu número de massa diminui de 4 unidades e seu número atômico diminui 2 unidades.
b) 2ª Lei de SODDY: “Quando um núcleo emite uma partícula beta, forma-se um novo núcleo com igual número de massa e número atômico uma unidade maior”.
Tempo de meia-vida (t½ ou P)
É o tempo necessário para a desintegração da metade dos átomos radioativos.
T = x . P
Onde: t = tempo total
x = nº de desintegrações(setas)
p = meia-vida
3) FISSÃO NUCLEAR: É a quebra do núcleo de um átomo mais ou menos ao meio, provocada pelo bombardeamento de nêutrons, formando dois novos núcleos, liberando uma quantidade grande de energia e de outros nêutrons, podendo repetir o processo originando uma reação em Cadeia.
* UTILIZAÇÃO DE FISSÕES NUCLEARES
– Bomba atômica e Reator nuclear.
4) FUSÃO NUCLEAR: É o processo inverso ao da fissão nuclear: consiste na união de dois núcleos de átomos, dando origem a outro núcleo. Esta reação se dá com uma liberação de energia ainda maior que a da fissão nuclear.
Ex.: Bomba de Hidrogênio(H).
VIII – ELETROQUÍMICA
1) Pilha:
- Espontâneo
- Transforma energia química em elétrica.
Obs.: Pelo fio passam elétrons. Pela ponte salina passam íons.
- Ânodo: – pólo negativo, metal mais reativo, sofre oxidação, doa elétrons. A placa sofre perda de massa.
- Cátodo: – pólo positivo, metal menos reativo, sofre redução, recebe elétrons. A placa ganha massa.
a) Eletrodo de zinco:
Placa de zinco mergulhada em uma solução de sulfato de zinco.
b) Eletrodo de cobre:
Placa de cobre em uma solução de sulfato de cobre.
Obs.:
Cada eletrodo é chamado de semicela.
A aparelhagem é chamada de pilha ou cela eletroquímica.
Equação Global
A equação global dos processos ocorridos nessa pilha pode ser obtida pela soma das duas semi-reações:
Ânodo:
Cátodo:
________________________________________
Convenção mundial para representar pilhas.
Ânodo // Cátodo
Ex.: Zn / Zn2+ // Cu2+ / CuO
¯
Ponte Salina
Cálculo da voltagem (DE° das pilhas)
DE° = E°redução – E°redução
maior menor
Ex.: E° Al, Al(s) = -1,68v
E° Cu, Cu(s) = +0,34v
DE = 0,34v – (-1,68) = 2,02v
ELETRÓLISE
O processo inverso, em que a passagem de corrente elétrica através de um sistema líquido onde existem íons produz reações químicas, não é espontâneo e é denominado eletrólise, tendo sido estudado pela primeira vez por Michael Faraday, em meados do século XIX.
As eletrólises são realizadas em uma CUBA ELETROLÍTICA, onde a corrente elétrica é produzida por um gerador (pilha).
As substâncias que serão submetidas a eletrólise podem estar liquefeitas (fundidas) ou em solução aquosa.
Obs.: A eletrólise ígnea é o processo de obtenção dos metais alcalinos, alcalinos terrosos e alumínio, pois esses cátions não descarregam em solução aquosa.
A eletrólise do NaCl(aq) é um processo que permite obter soda cáustica (NaOH), gás hidrogênio (H2) e gás cloro (Cl2).
A presença de OH– na solução final da eletrólise caracteriza soluções básicas.
Aspectos Quantitativos da Eletrólise
Em 1909, Milikan determinou que a carga elétrica de um elétron é igual a 1,6 x 10-19C. Logo, a carga de 1mol de elétrons equivale a 96500 C que é denominada constante de Faraday(1F).
1 mol de elétrons 6.02 x 1023elétrons | ![]() | 9,65 x 104C=1F |