Duas questões elaboradas pelo próprio professor.
1. Sobre a economia colonial açucareira, julgue:
00 – A escolha da empresa açucareira justifica-se pela existência de financiamento do capital flamengo, pela existência de mercados consumidores, pela experiência portuguesa no cultivo da cana-de-açúcar e pelas condições de clima e solo propiciadas pelo Brasil.
11 – A economia açucareira baseou-se no sistema de plantation e caracterizou-se por ser escravista, monocultora, latifundiária, dependente, complementar, especializada e exportadora.
22 – A inserção do Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial deu-se sob a égide de um tipo de mercantilismo que pregava o monopólio do comércio da colônia pela metrópole através do pacto colonial porque é através dele que a colônia preenche sua função histórica de produzir riquezas para a metrópole.
33 – A colônia deveria diversificar ao máximo suas atividades econômicas, deveria operar em diversos mercados mundiais, deveria estimular a produção de bens industriais e sua produção deveria concorrer com a da metrópole.
44 – A sociedade colonial açucareira caracterizou-se pela inexistência da mobilidade social, pela vida social restringida aos limites do engenho com sua casa-grande, senzala, moenda e capela, pela existência basicamente de duas classes sociais opostas e conflitantes (a do branco senhor e a do negro escravo) e por ser escravista, rural, aristocrática e patriarcal.
2. Sobre a escravidão no Brasil, julgue:
00 – A utilização da mão-de-obra escrava explica-se pelo sistema de plantation que exigia uma grande quantidade de trabalhadores, pela crise demográfica portuguesa, pela inviabilidade da utilização da mão-de-obra branca, devido à sua escassez e ao seu custo, pelo desinteresse dos trabalhadores europeus em função das difíceis condições de trabalho, pelo fato dos europeus virem no Brasil a possibilidade de se tornarem pequenos proprietários, pelos lucros auferidos pela tráfico negreiro e pela possibilidade de maior controle metropolitano sobre os colonos na medida em que eles dependeriam do fornecimento regular de escravos.
11 – Os índios foram utilizados como escravos no início da economia canavieira, contudo, demonstrou-se incompatível com a produção açucareira e foram substituídos pelos negros africanos. Tal substituição deve-se, principalmente, a alta lucratividade operada pelo tráfico negreiro, que, para ser mantida, necessitava manter a escravidão negra, mas, também, a imposição de um trabalho disciplinado, vigiado, forçado, ordenado, dinâmico, organizado e metódico chocou-se com a cultura indígena.
22 – A colonização e a escravidão (em áreas muito pobres, onde os colonos não tinham recursos para comprar escravos negros: São Vicente e Maranhão) provocaram profundas modificações na comunidade indígena: massacre de milhares de índios, perda de suas terras, desestruturação do sistema produtivo e das instituições, mortalidade em função de doenças contraídas dos brancos europeus e a aculturação.
33 – Os negros (bantos, sudaneses, malês) entraram no Brasil como cultura dominada e com o objetivo de atender as necessidade dos colonos brancos, dos grupos mercantis e da Coroa Portuguesa.
44 – Os negros sempre resistiram a escravidão: evitando a reprodução, suicidando-se, matando feitores e capitães-do-mato, fugindo ou formando quilombos, como o quilombo dos Palmares.