Se, no passado, o vestibulando contava com um limitado número de cursos à sua disposição, hoje, suas possibilidades de escolha se ampliaram. Em todo o Brasil, existem mais de 20 mil cursos universitários reconhecidos pelo MEC, o equivalente a cerca de 250 carreiras. Diante de tantas opções, como realizar a escolha da profissão? Para te ajudar, o souVestibulando.com conversou com a coach de carreira e orientadora profissional Maria Antônia de Oliveira.
Confira as dicas:
1) Identifique seus talentos
De acordo com a coach, a escolha do curso deve se iniciar com o autoconhecimento, ou seja, pela identificação de quais são suas crenças, valores e, principalmente, talentos pessoais. Por talento, se entende aquilo que o indivíduo já faz com facilidade e é elogiado por isso, uma habilidade prévia. “Esses pontos devem ser potencializados, enquanto os pontos fracos administrados”, explica a orientadora. Nessa etapa, procure determinar quais são seus principais interesses, motivações e as disciplinas que tem mais facilidade na escola. Além disso, uma dica é criar uma lista com as atividades que você deseja exercer profissionalmente e verificar quais são as profissões que permitem que você as realize.
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Como escolher uma profissão? A chave é o autoconhecimento.
Após definido as áreas de mais afinidade, se informe sobre as opções de cursos disponíveis. Procure saber o campo de atuação de cada curso, as disciplinas ofertadas e as características exigidas do aluno e do profissional daquela carreira. Elas são condizentes com suas habilidades? Sites das instituições de ensino superior e guias de profissões são boas fontes. “Ir a palestras com professores e profissionais da área também é muito positivo”, fala. Aproveite tais oportunidades – como as feiras de profissões – para esclarecer dúvidas sobre o curso e sobre a profissão desejada.
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3) Converse com sua família
A família tem papel fundamental na escolha da profissão do filho. Compartilhe com seus familiares seus anseios e dúvidas, e ouça sua orientação. Eles também passaram por isso, um dia. Contudo, decidir por uma profissão para agradar os familiares não é o ideal. De acordo com a coach, pais e mães pertencem a uma geração diferente, em que o sinônimo de sucesso profissional era estabilidade financeira. Por isso, profissões que no passado eram garantia de estabilidade, como Engenharia, Medicina e Direito, tendem a se tornarem as preferidas dos pais. Já a geração atual, classificada como geração Millenium, tem outros anseios: fazer algo que gosta de forma a contribuir para a melhoria daquela área de atuação. “O jovem quer mudança, sua profissão está ligada a um propósito de vida, uma intenção de contribuir para com o mundo”, explica.
4) Pesquise sobre o mercado
Procure saber em quais locais o mercado de trabalho é mais aquecido para a profissão desejada. Isso te ajudará na escolha da faculdade a se estudar. “Buscar saber quais empresas são referências naquele ramo também é muito importante”, explica a orientadora. Contudo, deixar-se levar pelas demandas do mercado pode levar a tomada de decisões equivocadas. Segundo Antônia, o mercado é imprevisível: “Uma profissão que está em alta atualmente pode não estar em alta em 2018, por exemplo, que é quando os jovens estarão efetivamente no mercado de trabalho.”, explica.
5) Converse com profissionais da área
Procure por aqueles que conhecem a realidade da profissão desejada. Entenda como é efetivamente o mercado de trabalho: Quais características são cobradas do profissional? Qual a faixa salarial? Quais são as melhores empresas para se trabalhar? Quais são as dificuldades? “Conhecer a realidade da profissão evita que os alunos se desiludam com a escolha”, explica Maria Antônia.
6) Conheça as opções de universidades
Após definido o curso, é hora de escolher a faculdade. Com a adoção do Sistema de Seleção Unificada (SISU), o candidato pode se inscrever em faculdades de todo o país! Por isso, é importante se informar sobre a estrutura do curso na instituição desejada, bem como da grade curricular. Quais matérias você irá cursar? Você tem facilidade com elas? Além disso, se possível, visite a faculdade e converse com alunos e professores.
Fique ligado! Muitas universidades permitem que as escolas organizem visitas guiadas pelo campus.
7) Tenha em mente: escolher uma profissão não é obrigatoriamente uma decisão para toda a vida
Diante de tantas opções de cursos, é normal ficar em dúvida sobre qual caminho seguir. Caso você não se identifique com o curso escolhido, não se angustie e tente outra opção! Segundo Antônia, jovens que não aceitam seus talentos naturais – seja por insegurança com o mercado, pressão familiar etc. – passam por dois ou três cursos até chegarem ao seu curso “ideal”.
8) Conheça as ferramentas à sua disposição
Ainda em dúvida? Algumas ferramentas estão disponíveis para te auxiliar nesse momento, como o coaching, que veio substituir a orientação vocacional tradicional. “A orientação vocacional clássica não faz mais sentido na conjectura atual. Atualmente, o jovem quer ser protagonista de suas escolhas e, na orientação clássica, uma pessoa lhe indicava o melhor caminho a seguir, sem uma análise aprofundada”, fala. No coaching, o autoconhecimento é o pilar principal, e segue as premissas da psicologia positiva.
Para saber mais sobre Orientação Vocacional e Coaching acesse: www.orientacao-vocacional.com.
Se informe! A maioria das faculdades e universidades públicas brasileiras possui o serviço de orientação profissional de maneira gratuita ou a custos reduzidos.
Se você gostou das dicas, confira o artigo 7 dicas para te ajudar a escolher uma profissão publicado pelo site Trabalhe Conosco Já. O site apresenta várias dicas sobre vagas de emprego e estágio.