Estivemos durante estes últimos meses falando sobre profissões. Dicas e informações para que você escolha mais seguramente seu futuro. Mas agora o vestibular esta aí. Com ele muito estresse. Sua opção já foi feita. O que você pode fazer para aplicar todo o potencial que desenvolveu nestes meses de preparação?
Em quase todos os países do mundo, o número de vagas oferecidas para os cursos superiores é inferior ao número de candidatos. Por conta desta discrepância há critérios para o ingresso nestes cursos. A mais praticada é seleção na entrada dos candidatos. Esta é a prática mais comum, embora o processo possa ser bastante diferenciado de país para país. E mesmo com a adoção de outros métodos em fase de implantação, o Vestibular é a fórmula principal para esta seleção.
Sem entrarmos em questões de ser ou não a melhor maneira, o certo é que será assim este ano – provavelmente mais alguns também – e teremos que enfrentá-lo. O medo do fracasso, a competitividade exacerbada do período – neste ano quase três milhões de jovens brasileiros passarão por este momento – e o sentimento de ver frustrados seus planos para o futuro deixam os estudantes à flor da pele. Dá calafrios só de pensar em dar a notícia em casa de que não passou no vestibular. E ficar respondendo que não conseguiu a todos aqueles que lhe perguntarem: e aí como foi? Tudo isto aumenta a pressão e a cobrança do candidato.
Resultado: estresse.
Conseqüência: na hora das provas você não consegue desenvolver tudo o que podia, dá aquele branco ou você entra em desespero e não consegue se concentrar nas questões. É como se você se preparasse para uma maratona, mas no dia da corrida torcesse o pé e só pudesse apenas caminhar os quarenta e dois quilômetros do percurso.
Mas o que é estresse. Segundo os especialistas, “trata-se de uma reação do organismo a um fato que muda a nossa rotina. Não precisa ser um acontecimento ruim. Pode ser conseqüência de uma situação de felicidade, medo, perda, etc. Ele altera o humor, a fome e o sono, e pode desencadear perda de memória, problemas de pele, asma, alergias e até hipertensão”. Além disto está associado ao desencadeamento de quase todo tipo de doença – normalmente dentro da pré-disposição de cada indivíduo. Dentre uma enorme relação de sintomas que são comumente encontrados em estudantes segundo o psicólogo Hélio Borges Jr. (CRP 01/7050), vale destacar:
- insegurança;
- Pressentimento de nada saber ;
- Expectativa do pior;
- Incapacidade de relaxamento;
- Bloqueio afetivo/ não saber o que fazer;
- Tensão motora ;
- Falsas interpretações da Realidade pessoal (-Tudo me preocupa ! – Tudo dá errado pra mim ! ; – Que azar tenho ! …)
- Dificuldade de concentração e assimilação;
- Tendência à dúvida;
- Tendência de que pensamentos negativos e derrotistas o domine;
- Inquietude interior, entre outras.
Dicas para a reta final
1- Não encare tudo como urgente-urgentíssimo. Na reta final queremos compensar tudo o que deixamos de fazer. Se até aqui você estudava de 2 a 4 horas por dia, este não é o momento para aumentar a carga para 12 horas de estudos. Esta overdose só irá sobrecarregar sua cabeça. A assimilação destas informações ficará comprometida. |
2- Simplicidade. Assuma uma atitude relativamente simples: pense positivo. Acredite em você e no seu potencial. Faça apenas o melhor que puder. Não se coloque sempre numa postura de vítima ou sobrecarregado.
3- Divirta-se. Atividades recreativas, lazer e esportes não competitivos sejam qual for, propiciam um relaxamento muito grande. Por isso, ela é mais indicada e freqüentemente usada para combater a ansiedade e o estresse. Na hora de folga, desligue os motores. Dê um refresco para sua cabeça. Ao invés de perder tempo você estará permitindo ao seu cérebro que organize as informações aprendidas e possa estar pronto para mais uma jornada de estudos. Tenha equilíbrio entre o preparo e o relaxamento. |
4- Cuide de sua alimentação. Uma alimentação balanceada lhe fará sentir melhor além de contribuir com os elementos necessários para a máxima potência de seu cérebro. Coma muitas frutas e verduras. Evite alimentos gordurosos e beba bastante líquido. Controle o álcool e o café. Reduza ou evite o cigarro e o uso de remédios.
5- Durma bem. O sono também é essencial para o processo de aprendizagem, além de recarregar nossas energias. Procure dormir pelo menos sete horas por dia. |
6- Encare a ansiedade e o medo com naturalidade. Todo ser normal tem ansiedade e medo. Controle-se na hora da prova, não permita que o nervosismo seja mais forte que seu aprendizado.
7- Os parentes também podem e devem ajudar. O que normalmente ocorre é que toda a casa é influenciada e entra no clima de vestibular nesta reta final. Por vezes isto ocorre através de pressões ou “brincadeirinhas” que só fazem aumentar a tensão do vestibulando. Não tenha medo de falar com seus pais, amigos ou namorado(a). Peça ajuda e quando estiverem atrapalhando fale. Na maioria das vezes todos só querem ajudar, mas… |
O controle emocional é parte importante na preparação para o vestibular. Fazer uma prova com tranqüilidade é um enorme passo para um bom resultado. Lembre-se: pior do que não passar no vestibular por não estar bem preparado é não passar por não conseguir usar tudo o você aprendeu e que seria suficiente para o seu sucesso.
Acredite em você. Controle-se e sucesso.