Os problemas brasileiros enveredam-se, no cotidiano, por labirintos que parecem não ter mais fim. Após 116 anos de abolição da escravatura, é notória a falta de possibilidade da maioria negra no contexto social.
Os problemas brasileiros enveredam-se, no cotidiano, por labirintos que parecem não ter mais fim. Após 116 anos de abolição da escravatura, é notória a falta de possibilidade da maioria negra no contexto social. Antes julgados como seres irracionais, incapazes de possuírem alma, defrontam-se com uma pseudo aceitabilidade de si mesmos na esfera da sociedade. O questionamento faz-se necessário, pois arquiteta-se a absorção do negro de uma maneira que parece absolutamente limitada, posicionado-os nas bases do subemprego como porteiros, vendedores e garçons, quando deveríamos tê-la de maneira completa, no que diz respeito aos mesmos enquanto seres humanos, dotados de direitos e deveres como outrem em áreas que caracterizam o topo da pirâmide profissional nos campos da medicina, do direito e da economia. Julga-se que a sociedade tem vivenciado dias mais inteligentes no que se refere à valorização deles, que são, inezoravelmente, responsáveis por significativos desenvolvimentos na estrutura brasileira.
Sabemos, de maneira tácita, que se faz mister o momento de as pessoas começarem a permeá-los na engrenagem de forma mais respeitável, mudando estatísticas que posicionam as pessoas de tez escura como as que compõem grande parte dos presídios, tanto quanto as que caracterizam os maiores índices de analfabetismo, majorando a miserabilidade no país. Entretanto, projetos de inserção devem ser ponderados para não enquadrarem, de maneira abrupta, os negros a um estatus negado na sociedade durante anos, desembocando esse posicionamento em novos preconceitos e/ou tachando-os como usurpadores de direitos e deveres igualitários estabelecidos pela democracia. Percebam a erronia do fato no âmbito direcionado à distribuição das cotas nas universidades brasileiras como plataforma para resgatar a dignidade do negro, cedendo-lhe facilidades e agredindo os direitos de igualdade daqueles que possuem pele branca. A atitude do governo é louvável, as associações que fazem consolidar os direitos dos negros têm subsídios para reivindicar, mas ambos não podem ignorar o princípio de equidade.
A partir do momento que esse fato vigorar, poderemos perguntar se a cor sobrepuja a capacidade intelectual, frise-se. Indagaremos como classificar em um país com imensa miscigenação, quem é negro ou branco, como também criaremos nos brancos, perante a minimização das vagas, já ínfimas nas universidades, por incapacidade e inapetência política para resolver tal descaso, a sensação de inferioridade defronte ao negro. O que estão querendo? Revidar? Fazer com que os brancos sintam na própria pele a ausência de horizontes, o descaso, o sentimento de ser menos importante, como ocorrera com os negros? Por favor, não sejamos tão limitados ao ponto de achar que a solução centra-se na Pena de Talião, que infligia o mesmo castigo a quem antes o praticara: “Olho por ele, dente por dente”, modernizado à produção do conhecimento. Negros não são micos-leões-dourados, tartarugas, baleias em extinção ou macacos-pregos para serem protegidos como seres indefesos, que não conseguem edificar a capacidade de raciocínio. Essa construção deve ser feita com dignidade e altruísmo no intuito de evitarmos que o negro seja apontado como profissional incapaz, no que abrange o intelecto, por ter sido beneficiado para adentrar no curso. Como consequência, criar-se-á um novo preconceito: o do negro doutor formado pelo sistema de cotas. Quem garante que as empresas compreenderão tal ato? Em verdade, o governo, mais uma vez, tenta solucionar o problema preocupado com projetos políticos que visam o voto, sem perceber o efeito bombástico que estão criando em um país no qual a diferença começa a ser respeitada na diversidade das peles.
Deixemos de atitudes débeis e imediatistas e tome, o Governo, resoluções para oferecer educação a todos, de todas as cores e níveis sociais, pois o nosso país esta repleto, pelo processo de economia desigual, de milhões de pessoas brancas tão miseráveis quanto os milhões de negros. E agora, coloquem um tronco e cedam a brancos e amarelos, a possibilidade de serem chicoteados pela eterna ignorância. Essa chibatadas marcarão o corpo da maioria discriminada, pois estará propensa a empregos miseráveis e à inexistência de perspectivas, como também alforria, ora, o negro do próprio carma, ao passo em que escraviza e aprisiona com novos grilhões o cérebro de milhares de brancos… vida de branco é difícil, é difícil como quê……
A partir do momento que esse fato vigorar, poderemos perguntar se a cor sobrepuja a capacidade intelectual, frise-se. Indagaremos como classificar em um país com imensa miscigenação, quem é negro ou branco, como também criaremos nos brancos, perante a minimização das vagas, já ínfimas nas universidades, por incapacidade e inapetência política para resolver tal descaso, a sensação de inferioridade defronte ao negro. O que estão querendo? Revidar? Fazer com que os brancos sintam na própria pele a ausência de horizontes, o descaso, o sentimento de ser menos importante, como ocorrera com os negros? Por favor, não sejamos tão limitados ao ponto de achar que a solução centra-se na Pena de Talião, que infligia o mesmo castigo a quem antes o praticara: “Olho por ele, dente por dente”, modernizado à produção do conhecimento. Negros não são micos-leões-dourados, tartarugas, baleias em extinção ou macacos-pregos para serem protegidos como seres indefesos, que não conseguem edificar a capacidade de raciocínio. Essa construção deve ser feita com dignidade e altruísmo no intuito de evitarmos que o negro seja apontado como profissional incapaz, no que abrange o intelecto, por ter sido beneficiado para adentrar no curso. Como consequência, criar-se-á um novo preconceito: o do negro doutor formado pelo sistema de cotas. Quem garante que as empresas compreenderão tal ato? Em verdade, o governo, mais uma vez, tenta solucionar o problema preocupado com projetos políticos que visam o voto, sem perceber o efeito bombástico que estão criando em um país no qual a diferença começa a ser respeitada na diversidade das peles.