O que você vai ser quando crescer?

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Na música “Pais e Filhos” gravada pelo grupo Legião Urbana encontramos a pergunta: O que você vai ser quando você crescer? Todos nós, sem exceção, já ouvimos esta pergunta em algum momento. Desde pequenos somos questionados ou estimulados a responder e/ou pensar sobre a escolha do futuro. É sempre “bonitinho” quando ouvimos a resposta de uma criança a esta pergunta. Mas o que a leva a responder médico, bombeiro, professor ou piloto de avião?

Nossas escolhas sofrem influências diversas e, muitas delas, sem se quer nos darmos conta. É o que em Psicologia chamamos de questões inconscientes. Mas porque abordar este tema? Ora, entre educadores, orientadores e psicólogos uma pergunta bastante recorrente é o porque das escolhas profissionais erradas. Ou seja, aquelas escolhas que fazemos com uma quase certeza e quando estamos no fim do curso descobrimos não ser o que realmente queríamos. Pior ainda, aqueles que só descobrimos depois de formados e já em pleno exercício profissional. Situação esta que gera indivíduos frustrados e infelizes com seu trabalho. Boa parte deste grupo não consegue superar esta questão ou não têm como refazer sua escolha e se tornam profissionais medíocres.

O que queremos levar à reflexão é que muitas vezes nossas escolhas são influenciadas por questões que não nos damos conta e quando vêm à tona pode ser tarde demais. Nos próximos artigos estaremos abordando três pontos principais. O primeiro deles, a ser abordado neste artigo, trata-se do desejo dos pais . Por vezes, nossos pais transferem e projetam seus desejos não realizados em seus filhos. É o caso do pai que quer ver o filho formado em Direito porque ele não o pode ser pelas dificuldades da vida. Ou a mãe que “sacrifica a vida toda” para que a filha seja veterinária. Um sonho que não pode realizar devido à gravidez precoce. Estes são alguns exemplos entre tantos que poderíamos citar.

Em síntese, acreditando estar fazendo o melhor pelos filhos, muitos pais criam um projeto para a vida dos filhos que não têm como dizer não, de não cumpri-lo. Isto soaria como desagrado, desgosto e ingratidão. Por conta disto os filhos assumem aquilo como sua escolha. O problema é que pais e filhos são pessoas diferentes. Em alguns aspectos “ainda somos os mesmo e vivemos como nossos pais” como diz a música, em outros somos muito diferentes.

A questão é que em certos casos o desejo de um e outro podem ser coincidentes. Mas como identificar quando são e quando não são? Aqui recaímos em outra questão: auto conhecimento. Todos temos um pouco do pai e da mãe, assim com de nossos ídolos, modelos e heróis que elegemos e nos influenciam pela vida à fora. Mas a soma disto tudo gera alguém que é único, diferente de todos: você. Conhece-te a ti mesmo, conselho do filósofo, é uma pré-condição para escolhas acertadas. Saber identificar o grau destas influências em nossa vida é uma tarefa difícil, mas necessária. Até mesmo para bancarmos se queremos ou não assumir como nossas as escolhas dos outros.

Para isto a Orientação Vocacional é uma ferramenta que permite identificar estes pontos e como lidar com eles. Nem os próprios pais percebem que estão “obrigando” aos filhos um caminho que não é deles. Querem o melhor para os filhos e acreditam que isto é o melhor. Saber identificar e lidar com esta questão pode evitar muitas frustrações futuras. Nos próximos artigos abordaremos outros tópicos e suas influências em nossa escolha profissional. Em todos eles queremos utilizar a pergunta: – Você está realmente seguro de sua escolha profissional?

Pense nisto e sucesso.

 

 

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