Egito Antigo

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Apostila sobre os períodos Pré-Dinástico e Dinástico (Economia, Política, Religião, Sociedade e Cultura).

 

1. AS INFLUÊNCIAS DO MEIO FÍSICO-GEOGRÁFICO:
Localização: no nordeste da África, região seca e árida (desértica) -> Crescente Fértil.
Segurança: cercada por desertos e mares, a região estava naturalmente protegida de invasões.
Rio Nilo: irrigação (obras hidráulicas) e fertilização (húmus) -> facilidade da atividade agropecuária como meio de sobrevivência.
Heródoto: “O Egito é uma dádiva do Nilo” -> somente os fatores naturais não explicam o desenvolvimento da civilização egípcia. Às condições da natureza, devemos acrescentar o valor do trabalho humano.

O PERÍODO PRÉ-DINÁSTICO (5000-3200 ªC.):
Período de povoamento e formação do Egito.
Nomos: pequenas comunidades agrícolas (cidades-estados) independentes, nas quais se iniciou a dissolução da propriedade coletiva, com o surgimento no interior de cada um, de uma espécie de aristocracia, proprietária das melhores terras.
A necessidade de construção das obras hidráulicas (barragens, diques e canais de irrigação) e de controle da população levou a formação de dois reinos: o Reino do Alto Egito (sul) e o Reino do Baixo Egito (norte) -> 3500 ªC.
Em 3200 ªC., Menés, governante do Alto Egito, promove a unificação política dos dois reinos, tornando-se rei de todo o Egito -> centralização política e criação do Estado (zelar pelo bem comum: justificativa) egípcio.

O PERÍODO DINÁSTICO:
3.1. O ANTIGO IMPÉRIO (3200-2300 ªC.):
Capitais: Tinis, depois Mênfis.
Agricultura de regadio.
Construção de obras hidráulicas.
Monarquia Absoluta Teocrática.
Construção das grandes pirâmides (túmulos): Quéops, Quéfren e Miquerinos -> demonstram o conhecimento arquitetônico e a força da fé dos egípcios.
Período “feudal” egípcio: instabilidade política e social Ò lutas entre os nomarcas, revoltas sociais e desorganização da produção.

3.2. O MÉDIO IMPÉRIO EGÍPCIO (2000-1580 ªC.):
Restabelecimento do poder do faraó e da unidade do império.
Capital: Tebas.
Invasão dos hicsos (1750 ªC.): povos de origem asiática -> usavam cavalos, carros de guerra e a metalurgia do ferro.
Ocupação dos hebreus: chegaram ao Egito fugindo das secas, da fome e das guerras na Palestina. Chegaram a participar da administração hicsa (José chegou a ser vice-rei).

3.3. O NOVO IMPÉRIO EGÍPCIO (1580-525 ªC.):
A dominação hicsa desenvolveu sentimentos de união, nacionalismo e militarismo entre os hebreus.
Os hicsos são expulsos do Egito em 1580 ª.C. Ò Amósis I.
Os hebreus são dominados e escravizados pelos egípcios.
Os hebreus conseguem sair do Egito, sob o comando de Moisés, no chamado Êxodo.
Capitais: Tebas, depois Akhetaton.
Tutmés III expandiu o império: subjugou os sírios e fenícios.
Amenófis IV (Amen-hotep) promoveu uma revolução teológica, substituindo o politeísmo pelo monoteísmo (crença no deus Aton) com o objetivo de diminuir o poder dos sacerdotes de Amon-Ra. Amenófis mudou seu nome para Akhenaton e transferiu a capital para Akhetaton.
Amenófis foi deposto pelos sacerdotes e substituído por Tutankhamon, que restituiu o culto politeísta. O túmulo de Tutankhamon foi descoberto intacto em 1922 d.C.
Ramsés II continuou as conquistas e o expansionismo militar: hititas.
Declínio da civilização egípcia e domínio assírio (Assurbanipal), em 662 ªC.

3.4. O RENASCIMENTO SAÍTA (655-525 ª.C.):
Período de restabelecimento do poder do faraó através de Psamético I, que expulsou os assírios e promoveu um florescimento econômico e cultural.
Capital: Sais.
O faraó Necao financiou o navegador fenício Hamon numa viagem que contornou toda a costa africana (mar Vermelho, Oceano Índico, sul da África, Oceano Atlântico, mar Mediterrâneo e Egito).
Em 525 ªC., o Egito é conquistado pelos persas (Cambises) na Batalha de Pelusa e transformado em província do império persa.
Outras dominações: gregos, macedônios, romanos, árabes, turcos, e ingleses.

POLÍTICA:
Monarquia Absoluta Teocrática.
Constantes conflitos entre o poder central e os poderes locais.
Estreita relação entre poder político e religião.

ECONOMIA:
Agricultura de regadio.
Economia sob controle do Estado.
O comércio e o artesanato se destinavam a suprir com artigos de luxo os palácios e os templos.
Modo de Produção Asiático: Servidão Coletiva.
O Estado era proprietário das terras.
O Estado apropriava-se do excedente da produção, recrutava trabalhadores para as construções públicas e cobrava impostos.

SOCIEDADE:
Desigual, estratificada e hierarquizada: cristalização das camadas sociais, tendo-se formado uma poderosa burocracia estatal (administrativa e religiosa) que tornou seus cargos hereditários: rígida divisão social.
Os camponeses (felás) eram os responsáveis pela produção e pelas construções.
A classe sacerdotal era a mais poderosa em virtude do papel da religião.

RELIGIÃO:
Politeísta: Amon-Ra, Osíris, Ísis, Set, Hórus, Anúbis, Ápis.
Deuses antropomórficos, zoomórficos e antropozoomórficos.
Deuses locais.
Crença na imortalidade da alma e no retorno desta ao corpo.
Mumificação.
A lenda de Osíris, que descreve a morte e a ressurreição desta divindade, reflete além da crença religiosa, a dependência do povo egípcio, no campo sócio-econômico, com relação às cheias e vazantes do rio Nilo.
Túmulos: mastabas, pirâmides e hipogeus.
Orientadora das instituições e da arte, além de embasamento social e cultural.

CULTURA:
Influenciada pela religião.
Escritas: Hieroglífica (decifrada por Champollion, que utilizou uma pedra – Pedra de Roseta – encontrada pelas tropas napoleônicas), demótica e hierática -> facilitar a contabilidade dos templos.
Artes: Arquitetura (templos – Karnac e Luxor -, palácios e pirâmides), Escultura (Escriba Sentado) e Pintura (perfil).
Ciências: Astronomia (calendário), Medicina (doenças do estômago, coração, fraturas, intervenções cirúrgicas no crânio), Matemática (álgebra e geometria).
Literatura: Livro dos Mortos, Hino ao Sol.
Sua religiosidade e tradicionalismo explicam a estabilidade e a permanência dos mesmos valores sociais, morais e culturais por muitos séculos.

 

 

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