Fome Zero

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Tem sobre as Políticas de Assistência Social do Governo Lula.

A fome é a escassez de alimentos que em geral, afeta uma ampla extensão de um território e um grave número de pessoas. No mundo: cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto; 1 bilhão são analfabetos; 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas 630 milhões são extremamente pobres, com renda per capitã anual bem menor que 275 dólares; 1,5 bilhão de pessoas sem água potável; 1 bilhão de pessoas passando fome; 150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo); 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida; no Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional. Causas naturais: clima, seca, inundações, terremotos e as pragas de insetos e as enfermidades das plantas. Causas humanas: instabilidade política; ineficácia e má administração dos recursos naturais; a guerra; os conflitos civis; o difícil acesso aos meios de produção pelos trabalhadores rurais, pelos sem-terras ou pela população em geral; as invasões; deficiente planificação agrícola; a injustiça e antidemocrática estrutura fundiária, marcada pela concentração da propriedade das terras nas mãos de poucos; o contraste na concentração da renda e da terra num mundo subdesenvolvido; a destruição deliberada das colheitas; a influência das transnacionais de alimentos na produção agrícola e nos hábitos alimentares das populações de Terceiro Mundo; a utilização da “diplomacia dos alimentos” como arma nas relações entre os países; a relação entre a dívida externa do Terceiro Mundo e a deteriorização cada vez mais elevado seu nível alimentar.

As causas da fome crônica e desnutrição estão relacionadas com a pobreza, com a distribuição ineficiente dos alimentos, reforma agrária precária e o crescimento desproporcional da população em relação à capacidade de sustentação. Sobre a fome infantil, cerca de 5 a 10 milhões de pessoas falecem por ano por causa da fome e muitas delas são crianças.

As conseqüências imediatas da fome são a perda de peso nos adultos e o aparecimento de problemas no desenvolvimento das crianças. A desnutrição, principalmente devido a falta de alimentos energéticos e proteínas, aumentam nas populações afetadas e faz crescer a taxa de mortalidade, em parte, pela fome e, pela perda da capacidade de combater as infecções. Alterar essa situação significa alterar a vida da sociedade, o que não pode ser desejável, pois iria contrarias os interesses e os privilégios em que se assentam os grupos dominantes. É mais cômodo e mais seguro responsabilizar o crescimento populacional, a preguiça do pobre ou ainda as adversidades do meio natural como causas da miséria e da fome do Terceiro Mundo.

O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas. Em 1987 no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) viva em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população é mal nutrido, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem terras.

Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando grande poder político.

A produção para o mercado externo, visando à entrada de divisas e ao pagamento da dívida externa, vem crescendo, quanto a diversidade da produção de alimentos dirigida ao mercado interno tem diminuído, ficando numa posição secundária. Ao lado disso, milhões de pessoas vivem em favelas, na periferias das grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, entre outras. O caso das migrações internas é um problema gerado dentro da própria nação. Grande parte dos favelados deixou terras de sua propriedade ou locais onde plantavam sua produção agrícola. Nos grandes centros, essas pessoas vão exercer funções mal pagas, muitas vezes em trabalho não regular. Quase toda a família trabalha, inclusive as crianças, freqüentemente durante o dia inteiro, e alimenta-se mal, raramente ingerindo o suficiente para repor as energias gastas. Nesses círculo vicioso, cada vez mais famílias se aglomeram nas cidades passando fome por não conseguir meios para suprir sua subsistências.

 

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