MST ou MSC?

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Busca-se uma série de conceitos que supra o sentido do que, realmente, é ser um sem-terra.

 

Ao longo da história que demarca o processo de desenvolvimento da sociedade brasileira, busca-se uma série de conceitos que supra o sentido do que, realmente, é ser um sem-terra. Em um país, cujas dificuldades de sobrevivência se sobressaltam a cada segundo, não entendemos o porquê, de após terem iniciado as reivindicações pela posse da terra, a resolução, ainda, não tenha sido, de forma definitiva, efetivada. No período respectivo à década de 60, presenciamos os primeiros pedidos pela distribuição de terras por famílias que desejavam erigir um futuro melhor, baseando-se na plantação de grãos.
Em contrapartida, torna-se complexo entender como a elite tem conseguido manter, quase de maneira imutável, a preservação de áreas improdutivas só porque as mesmas, quando designam quantidade, demonstram o poder econômico de um grupo seleto de latifundiários, que não entendem que parte das resoluções sociais pelas quais tem que passar o Brasil centra-se na terra. Somos, no momento, um país evidenciado pela agricultura que, com certas vitórias, tem seguido de maneira positiva rumo ao desenvolvimento. Entretanto, parte desta estagnação, num movimento de evolução e retração, dá-se pelo fato de termos milhões de famílias que dependem da terra para sobreviver. O que as pessoas, de pensamento elitista, não vêem, é que com a equitação dessas áreas, que não são utilizadas pelo plantio, resolver-se-ia parte dos problemas vivenciados pela sociedade brasileira, a exemplo, os casos isolados e gerais da violência que assusta o país, ao presenciarmos as discrepâncias de vida, fazendo com que pessoas sem um futuro agridam parte do contexto social ou que os componentes do MST sejam alvo das atrocidades ocorridas em todo o Brasil pela resistência de fazendeiros que não aceitam a desapropriação das terras pelo INCRA, como ocorrido, recentemente, no Rio Grande do Sul.
Pensem que, com essa consciência estabelecida, poderíamos plantar mais do é utilizado para a agricultura brasileira: um décimo dos 850 milhões de hectares, dos quais 400 milhões são propensos ao cultivo. Poderíamos fazer uma revolução maior, salutar, se comparada ao milagre, chamado de Revolução Verde, efetivado na Índia. Um fato, portanto, é inegável: distribuir terras não se posiciona como um assunto para ser discutido, mas é a única maneira que possuímos para desacelerar o superpovoamento das megalópoles, tanto quanto aniquilar parte desta miséria, que frutifica cidadãos sem possibilidades de extensão, fazendo-se prioridade atrasada dos governos que já retardaram o processo e desse que se comprometeu a fazê-lo rapidamente. Só não será validado tomar o movimento como de pessoas de caráter duvidoso ou que se inserem no mesmo em benefício próprio, pois muitas das falhas surgem, quando no ato da cessão da terra, cedem-lhe, aos sem-terra, a mesma e indisponibilizam condicões para mantê-la. Sejamos equilibrados. No entanto, não há como fazer minuciosa análise e não averiguar em que estágio letárgico nos encontramos.
Enquanto discutimos o óbvio, não pela ausência de importância, mas por ser um fato, o mundo globalizado preocupa-se em dividir os softwares para os cidadãos. Cada hectare nosso, terceiro mundistas, corresponde a um mega bite de civilidade e avanço para europeus e americanos. Daí, frise-se, o que se torna mais crucial: distribuir terras ou computadores? Em pleno século XXI, caracterizado pela produção da tecnologia do conhecimento, temos que fazer constatar-se o nosso desejo de simplificar uma sociedade que deseja ser globalizada nos rumos da informatização. Neste campo, concordemos com Gilberto Dimenstein, quando afirma que o sem-computador de hoje é o sem-terra do amanhã. Fantástico, não? E você, já se incluiu na infoagricultura, que semeia bites na era contemporânea? Assim, não podemos admitir que em plena era do laser, estejamos preocupados com as pedras para acender o fogo, retroagindo-nos à Antiguidade. São discussões como essa que modificam e desnorteiam um campo de ação política gasta e inoperante responsável por especificar que sem-terra é sem-pátria, sem-governo, sem direção. Ironicamente, somos a terra do SEM: do sem-educação, sem-saúde, sem-salário digno, sem-teto e sem-alimentação.
Todo esse aparato discussivo serve como base para refletirmos e não nos tornamos “marcha soldados, cabeças de papel”. Vamos nos aperceber dos fatos, aproveitando o pleito presente para abstrair melhor as nossas realidades, resgatar nossa cidadania, fazendo, se possível, invalidar a poesia de Zé Ramalho, que nos posiciona frente ao nosso conformismo, misto de passividade e ignorância: ê, ê , ô, vida de gado, povo marcado ê, povo feliz! Até quando?

 

Em contrapartida, torna-se complexo entender como a elite tem conseguido manter, quase de maneira imutável, a preservação de áreas improdutivas só porque as mesmas, quando designam quantidade, demonstram o poder econômico de um grupo seleto de latifundiários, que não entendem que parte das resoluções sociais pelas quais tem que passar o Brasil centra-se na terra. Somos, no momento, um país evidenciado pela agricultura que, com certas vitórias, tem seguido de maneira positiva rumo ao desenvolvimento. Entretanto, parte desta estagnação, num movimento de evolução e retração, dá-se pelo fato de termos milhões de famílias que dependem da terra para sobreviver. O que as pessoas, de pensamento elitista, não vêem, é que com a equitação dessas áreas, que não são utilizadas pelo plantio, resolver-se-ia parte dos problemas vivenciados pela sociedade brasileira, a exemplo, os casos isolados e gerais da violência que assusta o país, ao presenciarmos as discrepâncias de vida, fazendo com que pessoas sem um futuro agridam parte do contexto social ou que os componentes do MST sejam alvo das atrocidades ocorridas em todo o Brasil pela resistência de fazendeiros que não aceitam a desapropriação das terras pelo INCRA, como ocorrido, recentemente, no Rio Grande do Sul.

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