Mulheres superam os homens na Educação

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Além de permanecerem por mais tempo na escola, as alunas aproveitam melhor o ensino, segundo educadores ouvidos pela Folha Online. “A aluna é mais disciplinada”, afirmou o coordenador do Anglo Vestibulares, Ernesto Birner.

O número de mulheres que concluem todos níveis de ensino (fundamental, médio e superior) é maior que o de homens no Brasil. O levantamento, feito pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, ligado ao Ministério da Educação), foi divulgado nesta segunda-feira (8), Dia Internacional da Mulher. A maior diferença aparece no ensino superior: 63% dos concluintes é do sexo feminino; do total de matrículas, as mulheres representam 56,5%. No ensino médio, 56,3% das concluintes são mulheres, contra 54,2% de matrículas; no fundamental, 53,4% e 49%, respectivamente. “O principal motivo é que a escola é uma das estratégias para as camadas que levam desvantagem social”, apontou o diretor de tratamento e disseminação de informações educacionais do Inep, José Marcelino de Rezende Pinto. “Um dos exemplos dessa desvantagem é que, geralmente, a mulher precisa estudar mais que o homem para ganhar o mesmo.” O instituto levou em conta o Censo Escolar 2003, para o ensino fundamental e médio, e o Censo de Educação Superior 2002 (último disponível). Disciplina – Além de permanecerem por mais tempo na escola, as alunas aproveitam melhor o ensino, segundo educadores ouvidos pela Folha Online. “A aluna é mais disciplinada”, afirmou o coordenador do Anglo Vestibulares, Ernesto Birner. No caso específico dos vestibulares — prova que cobra um conteúdo extenso–, Birner afirma que as estudantes levam ainda mais vantagem. “Devido a essa disciplina, elas tendem a organizar melhor o tempo e, com isso, aprendem mais.” O mesmo se aplica aos alunos mais jovens, segundo a orientadora Alda Machado da Costa, do Colégio Santo Agostinho, que atende estudantes do ensino infantil ao médio . “As meninas são um pouco mais responsáveis e interessadas.” Alda, entretanto, acha que a diferença não é grande. “Quando um aluno dispersa, ele se levanta, fala alto. Quando é uma menina, ela é mais discreta, geralmente conversa baixo ou fica escrevendo”, apontou. “Por isso, às vezes há a impressão de que os meninos são mais dispersos.”

A coordenadora de língua portuguesa do ensino médio do Colégio Augusto Laranja, Ester Tavares, acha que as estudantes são mais “trabalháveis e concentradas”. A diferença entre os sexos, inclusive, é tratada por Ester em suas aulas de literatura. “Analisamos o teor machista de obras de alguns autores, como o Eça de Queiroz.”

Ensino superior – A porcentagem de mulheres matriculadas em ensino superior subiu de 53,3%, em 2001, para 56,5%, em 2002. Em números absolutos, isso significa que o número de alunas subiu de 833.949 para 1.964.649; no mesmo período, o total de alunos cresceu de 1.565.056 para 3.476.194. Em engenharia, curso tradicionalmente feito por homens, a porcentagem de mulheres subiu de 17,4% (25.503) para 20,3% (42.802).

Fonte: Fábio Takahashi da Folha Online

 

 

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