O Renascimento Cultural

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Apostila sobre o movimento cultural ocorrido na Europa Ocidental, na transição do feudalismo para o capitalismo (séc. XIV, XV e XVI).

 

CONCEITO:
– movimento cultural (artístico, literário, filosófico e científico) ocorrido na Europa Ocidental, principalmente na Itália, na transição do feudalismo para o capitalismo (séc. XIV, XV e XVI).

RENASCIMENTO CULTURAL:
– movimento urbano, comercial e burguês.
– cultura laica (não-eclesiástica), racional, científica e não-feudal.
– negação da cultura medieval: “Idade das Trevas” e “Longa Noite de Mil Anos”.
– anticlerical e antiescolástico.
– oposição ® cultura religiosa e teocêntrica medieval.

O PIONEIRISMO ITALIANO:
+ Fatores:
– desenvolvimento comercial, urbano e burguês.
– a atuação dos mecenas: patrocinadores das artes e ciências -> os Médicis (Florença) e os Sforza (Milão).
– o classicismo: presença da cultura clássica.
– a presença dos sábios bizantinos.
– influência dos árabes.

CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO CULTURAL RENASCENTISTA:
• Humanismo: foi uma visão de mundo que, baseada na concepção de que o Homem é o centro das preocupações intelectuais (construção do mundo centrado no Homem), permitiu -> herança greco-romana adquirir uma importância renovada no âmbito do movimento renascentista.
• Antropocentrismo: o Homem como centro do universo.
• Racionalismo. explicar o mundo através da razão.
• Individualismo: reconhecer e respeitar as diferenças individuais dos homens -> associado ao espírito de competição e -> concorrência comercial.
• Classicismo: recuperar a tradição clássica (greco-romana) reinterpretando-a -> luz das novas preocupações culturais (valores burgueses).
• Otimismo.
• Naturalismo.
• Hedonismo.
• Heliocentrismo.
• Uso da língua (idioma) nacional.

A PRODUÇAO CULTURAL RENASCENTISTA:
• Precursor: Dante Alighieri: “Divina Comédia” -> dialeto toscano -> poema -> relata a sua viagem imaginária pelo Inferno, Purgatório e Paraíso -> encontra-se com mortos ilustres -> reflexões sobre a fé, razão, religião, ciência, amor, paixões -> quadro completo da cultura dos fins da Idade Média -> apesar de fazer críticas ao comportamento eclesiástico ainda apresentava fortes influencias medievais.
• Fases:
– Trecento (o século XIV).
– Quattrocento (o século XV).
– Cinquecento (o século XVI).
• Manifestações Culturais:
+ Artísticas:
– mudanças técnicas e temáticas.
– equilíbrio e elegância.
– técnica da perspectiva (ilusão de profundidade).
– pintura a óleo (misturando tintas: cores vivas e atraentes).
– temas: mitologia, cenas do cotidiano, o corpo humano, religião.
– escultura e pintura.
– os artistas passaram a assinar suas obras.
+ Científicas:
– espírito crítico e racionalista
– desenvolvimento da ciência moderna.
– experimentação e observação.
+ Literárias:
– uso da língua nacional.
– desenvolvimento da imprensa.
– críticas ao mundo feudal.
– maneira moderna de ver o mundo.

• EXPANSÃO DO RENASCIMENTO:
– França, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Espanha, Países Baixos.

• ARTISTAS, ESCRITORES, CIENTISTAS E OBRAS:
+ Leonardo da Vinci: atuou em diversos campos do saber (ciências e artes) -> pintor, escultor, urbanista, engenheiro, inventor, músico, filósofo, físico, botânico.
– obras: “A Última Ceia” (“Santa Ceia”), “Monalisa” (Gioconda), “A Virgem dos Rochedos” (“Virgem das Rochas”), esboços de inventos (pára-quedas, escafandro, canhão, helicóptero).

+ Rafael Sanzio: retratos dos papas Júlio II e Leão X, afrescos de algumas salas do Vaticano, “Escola de Atenas”, pintura de inúmeras madonas (representação da Virgem Maria com o menino Jesus) mesclando elementos religiosos e profanos, “La Donna Velata”.

+ Michelangelo Buonarroti: afrescos pintados na Capela Sistina, esculpiu “Moisés”, “Pietá”, “David”, arquitetura (cúpula de Basílica de São Pedro).

+ Ticiano: “A Fonte do Amor” e “Vênus Deitada”.

+ François Rabelais: “Gargântua” e “Pantagruel”.

+ Michel de Montaigne: “Ensaios”.

+ Thomas Morus: “Utopia”.

+ William Shakespeare: “Ricardo III”, “Sonhos de Uma Noite de Verão”, “O Mercador de Veneza”, “Romeu e Julieta”, “Macbeth”, “Hamlet”, “Otelo”, “Rei Lear”, “Júlio César”, “Antonio e Cleópatra”, “As Alegres Comadres de Windsor”.

+ Albrecth Dürer: “A Adoração dos Magos” e “A Trindade” (Adoração da Santíssima Trindade), “Auto-retrato”, “Natividade”.

+ Hans Holbein, o Moço: “Henrique VIII”, “Erasmo de Rotterdam”, “Thomas Morus”, “Cristo na Sepultura”.

+ Luís Vaz de Camões: “Os Lusíadas”.

+ Erasmo de Rotterdam: “Elogio da Loucura”.

+ Hubert e Jan Van Eyck: “Adoração do Cordeiro”.

+ Miguel de Cervantes: “Dom Quixote”.

+ Pieter Brueghel: “O Alquimista”, “Banquete Nupcial”, “Dança Campestre”, “Os Cegos”.

+ Bosch: “As Tentações de Santo Antão”, “Carroça de Feno” e “Jardim das Delícias”.

+ Giotto: “São Francisco Pregando aos Pássaros” e “Lamento ante Cristo Morto”.

+ Petrarca: “De África” e “Odes a Laura”.

+ Giovanni Boccaccio: “Fiammetta”, “Filistrato” e “Decameron”.

+ Masaccio: “A Expulsão de Adão e Eva do Paraíso”, “Tributo”, “Distribuição de Esmolas por São Pedro”, “Histórias de Ananias”.

+ Sandro Botticelli: “Nascimento de Vênus”, “Alegoria da Primavera”, “Fallade e o Centauro”.

+ El Greco: “O Enterro do Conde Orgaz” e “Vista de Toledo sob a Tempestade”.

+ Tirso de Molina: “Dom Juan”.

+ Gil Vicente: “Auto da Visitação” e “Auto dos Reis Magos”.

+ Giordano Bruno: heliocentrismo.

+ Nicolau Copérnico: “De Revolutionibus Orbium Celestium” ® heliocentrismo.

+ Johann Kepler: movimento elíptico dos astros.

+ Miguel Servet e William Harvey: circulação sangüinea.

+ Ambroise Paré: laqueação (ligação das artérias) para deter hemorragias.

+ André Vesálio: anatomia -> “Sobre a Estrutura do Corpo Humano”.

SIGNIFICADOS:
– O Renascimento retirou da Igreja o monopólio da explicação das coisas do mundo.
– o método experimental passou a ser, aos poucos, o meio de se alcançar o saber científico da realidade.
– empirismo: a verdade racional comprovada na prática, ou seja, empiricamente.
– lançou os fundamentos que derrubariam definitivamente a escolástica (fundamentada no misticismo).
– as principais barreiras culturais do progresso científico foram abaladas.
– contribuiu para o progresso capitalista burguês.
– abriu espaço para o progresso científico dos séculos XVII e XVIII.

DECLÍNIO:
– Os efeitos da Reforma: rigorismo, irracionalidade e carolice.
– a arte volta-se para o Barroco.
– ceticismo naturalista.

 

 

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